A paineira rosa (Ceiba speciosa), conhecida como “barriguda” por seu tronco volumoso, é uma árvore de impressionante capacidade de adaptação encontrada em diversos ecossistemas da América do Sul. Seu tronco armazena água, ajudando a planta a resistir à seca e a prosperar em solos de baixa fertilidade. Suas flores atraentes variam do rosa claro ao escuro, produzindo néctar que alimenta borboletas, abelhas, beija-flores e morcegos. Psitacídeos também consomem sementes e flores da espécie.
Com crescimento rápido, a paineira pode atingir até 6 metros em 2 a 3 anos, adaptando-se a solos pobres ou férteis, embora seu desenvolvimento seja melhor em terrenos bem drenados. Diferenciar a Ceiba speciosa de outras espécies do mesmo gênero muitas vezes requer análises genéticas e mapeamento geográfico, além de características morfológicas. Medicinalmente, sua resina e casca são usadas em emplastros contra hérnias e queimaduras, enquanto flores são utilizadas no tratamento de asma, tosse e coqueluche, como relatado em pesquisas e práticas indígenas.
A árvore possui valor simbólico e cultural, sendo considerada protetora de gestantes e associada à pureza espiritual em algumas tradições. Em certas localidades do Brasil, a paineira é reconhecida como símbolo municipal ou patrimônio ambiental. A Ceiba pentandra, espécie do mesmo gênero, é reverenciada na mitologia maia como a “árvore da vida,” representando a criação da natureza.