O fluxo estrangeiro na bolsa brasileira começou o ano de 2025 com um saldo negativo expressivo. Nos primeiros dias de janeiro, investidores de fora retiraram R$ 3 bilhões do país. Na semana seguinte, o fluxo permaneceu negativo, com uma retirada de R$ 854 milhões. Assim, o acumulado de retiradas por investidores estrangeiros em 2025 já chega a R$ 3,4 bilhões, o que reflete uma postura cautelosa em relação aos ativos brasileiros, e também aos ativos de risco no mercado global.
Apesar da retirada de recursos por investidores estrangeiros, o saldo de investidores institucionais locais e pessoas físicas é positivo. Até o momento, os investidores institucionais acumulam um saldo positivo de R$ 1,5 bilhão, enquanto as pessoas físicas contribuem com R$ 1,1 bilhão em compras líquidas. Este comportamento é visto como um reflexo de maior confiança entre os investidores internos, mesmo com o cenário de vendas externas.
Em relação às instituições financeiras, o fluxo de negociações na bolsa se mantém estável, sem grandes variações. Um segmento que se destaca é o de recompra de ações, onde o saldo é positivo e chega a R$ 700 milhões. Esse movimento é impulsionado pelo baixo preço das ações brasileiras, com muitas empresas aproveitando para readquirir seus papéis no mercado, considerando os preços descontados.