A Justiça de São Paulo marcou para 11 de julho de 2025 a audiência de instrução do caso envolvendo a morte de um paciente durante um procedimento estético. A acusada, que se apresentava como esteticista, é investigada por homicídio doloso com dolo eventual após aplicar um peeling de fenol em Henrique Chagas. O paciente morreu no mesmo dia ao inalar o produto, que, de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal, causou parada cardiorrespiratória devido a edema pulmonar agudo. Durante a investigação, a acusada foi proibida de exercer funções relacionadas à estética e de deixar o estado de São Paulo sem autorização judicial.
A profissional de estética, que possuía um curso online incompleto e não era habilitada para realizar o procedimento, foi criticada por demonstrar falta de preparo técnico. O peeling de fenol, um procedimento invasivo utilizado para rejuvenescer a pele, só pode ser realizado por médicos, conforme uma resolução do Conselho Federal de Medicina. Apesar disso, a acusada ainda possuía um curso online de estética que não a qualificava legalmente para aplicar o produto em seus clientes. Durante o inquérito, o Ministério Público acusou a esteticista de assumir o risco de causar a morte do paciente, o que, segundo a Promotoria, caracteriza desprezo pela vida humana.
Em defesa, a acusada afirmou que a morte foi uma fatalidade e que não havia praticado nenhuma irregularidade. O caso gerou repercussão nas redes sociais, onde a acusada era influenciadora digital, e levou ao fechamento de uma de suas clínicas. A audiência de instrução, onde testemunhas serão ouvidas, poderá decidir se haverá julgamento popular. A situação gerou um debate sobre a regulamentação de procedimentos estéticos no Brasil e a qualificação necessária para a realização de tratamentos invasivos.