O presidente Donald Trump reiterou a decisão de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, alegando que o pacto impõe perdas econômicas ao país e favorece outras nações, como a China, que, segundo ele, continuam emitindo poluentes sem enfrentar as mesmas penalidades. A saída reflete uma postura alinhada aos interesses da indústria de combustíveis fósseis, setores que tiveram papel significativo em sua campanha política, e uma retórica que minimiza os impactos ambientais globais das emissões dos EUA, um dos maiores emissores per capita.
Embora o Acordo de Paris não estipule penalidades financeiras, ele incentiva compromissos voluntários para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A decisão de Trump de sair do pacto pode enfraquecer os esforços globais para combater as mudanças climáticas e prejudicar a competitividade da indústria americana em áreas estratégicas, como energia limpa e novas tecnologias. Enquanto os Estados Unidos se afastam dessas inovações, países como a China avançam em energias renováveis e veículos elétricos, consolidando sua posição como líderes em soluções sustentáveis.
Dentro dos próprios Estados Unidos, a resistência à decisão federal é significativa, com estados como a Califórnia mantendo regulamentações ambientais rigorosas e promovendo a redução das emissões. Apesar dos benefícios a curto prazo para a indústria de petróleo e gás, a saída do Acordo pode comprometer a credibilidade do país em esforços multilaterais contra a crise climática e dificultar a transição para um modelo energético mais sustentável. Isso representa um risco de perda de competitividade no mercado global de tecnologias limpas e pode afetar as perspectivas econômicas a longo prazo.