Doug Burgum, ex-governador de Dakota do Norte e indicado para o cargo de secretário do Interior, alertou que os Estados Unidos poderão perder a liderança na corrida da inteligência artificial (IA) para a China caso não aumentem a geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis e estabilizem a rede elétrica do país. Durante uma audiência no Senado, Burgum destacou a crescente demanda por eletricidade impulsionada pelo aumento de data centers necessários para processar IA, e as falhas na rede elétrica americana que podem comprometer o fornecimento de energia confiável.
Burgum sugeriu que o governo ampliasse a exploração de terras públicas para perfuração de petróleo e eliminasse incentivos fiscais voltados para energias renováveis, que ele considera fontes intermitentes e pouco confiáveis. Ele também ressaltou que a dependência exclusiva de fontes renováveis comprometeria a estabilidade da rede elétrica, uma vez que a energia solar e eólica não estão disponíveis o tempo todo. Nesse contexto, a falta de uma base sólida de geração de energia poderia prejudicar a posição dos EUA no setor de IA, com consequências para a segurança nacional.
Em contraste, a administração atual tem investido em tecnologias de energia limpa. O presidente Joe Biden assinou recentemente uma ordem executiva que abre terras federais para a construção de infraestrutura voltada para a inteligência artificial, mas condicionada ao uso de fontes de energia limpa. A medida faz parte dos esforços de Biden para combater as mudanças climáticas, embora existam questões sobre a viabilidade de tecnologias como o armazenamento de carbono para mitigar as emissões dos combustíveis fósseis.