O governo dos Estados Unidos anunciou a liberação de 11 prisioneiros da base de Guantánamo, após quase duas décadas de detenção sem acusações formais. Essa ação faz parte da estratégia da administração Biden para reduzir o número de detentos na instalação, que atualmente abriga apenas 15 pessoas. Os ex-prisioneiros foram transferidos para Omã, onde terão a oportunidade de recomeçar suas vidas, após um longo período de reclusão sem julgamento.
A transferência foi cuidadosamente planejada ao longo de três anos e ocorreu antes do início do julgamento de Khalid Sheikh Mohammed, um dos principais acusados pelos atentados de 11 de setembro de 2001. A decisão de enviar os prisioneiros para Omã segue uma prática anterior, já que entre 2015 e 2017, a administração Obama havia transferido 30 detentos para o mesmo país. Omã possui um programa de reabilitação para ajudar na reintegração de ex-detentos, visando facilitar sua adaptação à sociedade.
Os ex-prisioneiros libertados expressaram o desejo de levar uma vida normal, com acesso a tecnologia e possibilidades de trabalho. Apesar de não terem enfrentado acusações formais durante sua permanência em Guantánamo, o futuro para eles em Omã parece promissor, com muitos ex-detentos conseguindo se estabelecer e formar novas famílias no país após sua transferência.