Milhares de soldados dos Estados Unidos foram enviados para a fronteira com o México, seguindo uma ordem do presidente Donald Trump para intensificar a presença militar na região. Este envio ocorre apenas dois dias após a decisão do presidente e visa aumentar a atuação da Força-Tarefa Conjunta do Norte, missão do Comando Norte dos EUA, que já conta com cerca de 2.200 agentes. Esses militares auxiliam a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA em tarefas logísticas, como entrada de dados, monitoramento e manutenção de veículos, sem envolvimento em atividades de aplicação da lei.
Além disso, cerca de 4.500 integrantes da Guarda Nacional dos Estados Unidos já estavam operando na fronteira, sob a Operação Lonestar. A nova leva de soldados ajudará a fortalecer ainda mais a presença militar, mantendo a prontidão operacional e oferecendo apoio em centros de comando e controle. Também será focada na avaliação de ameaças e fluxos migratórios, além de operações aéreas. A expectativa é que mais tropas sejam enviadas nas próximas semanas e meses para dar continuidade a essa missão.
Embora não esteja claro se os soldados estarão armados, uma lei federal, a posse comitatus, proíbe o envolvimento de tropas em funções de aplicação da lei, como prisões e apreensões. Caso o presidente decida invocar o Ato de Insurreição, os militares poderiam ser autorizados a atuar de forma mais direta nas operações de segurança. Com o aumento da presença militar, espera-se que o foco do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA seja redirecionado para a prisão de imigrantes ilegais já dentro do país.