O Espírito Santo é o segundo maior produtor de coco-anão do Brasil, com destaque para as cidades de São Mateus e Linhares, onde a produção é concentrada em cerca de 8.488 hectares. Contudo, os agricultores enfrentam desafios devido à escassez de chuvas em 2024, o que resultou em uma queda na produtividade da fruta, apesar do aumento na demanda durante o verão. A seca afetou o desenvolvimento dos cocos, mas a procura pelo produto nas praias impulsionou o preço, gerando boas oportunidades para os produtores, especialmente na alta temporada.
Para contornar os efeitos da irregularidade climática, os produtores têm adotado novas tecnologias, como irrigação automatizada, com o objetivo de manter a produção constante, mesmo em períodos de seca. A falta de chuvas tem afetado a sazonalidade das colheitas, e a irrigação tem sido uma solução importante para garantir a produtividade. Mesmo com esses investimentos, a produção em 2024 ainda foi abaixo do esperado, o que levou a um aumento nos preços do coco no mercado, beneficiando os agricultores no curto prazo.
A expectativa é de que o preço do coco continue a subir até o fim do verão, período em que a demanda é mais intensa. Contudo, os produtores enfrentam dificuldades com a sazonalidade da produção, que faz com que o mercado sofra variações significativas ao longo do ano. Embora o valor do coco tenha aumentado, muitos agricultores ainda enfrentam desafios financeiros, com margens apertadas durante a entressafra, quando a produção é menor e os custos permanecem elevados. A adaptação às mudanças climáticas e a busca por soluções tecnológicas são cruciais para a sustentabilidade dessa atividade no futuro.