O estado do Espírito Santo iniciou o ano de 2025 em alerta devido ao surto de Febre do Oropouche, com um expressivo número de casos registrados. Até 12 de janeiro, o país contabilizou 893 ocorrências, das quais 886 ocorreram no estado, representando 99% dos casos no Brasil. A febre é transmitida pelo mosquito maruim, que se prolifera principalmente em ambientes úmidos e sombreados, como plantações de banana e café. A gestão de saúde do estado tem se destacado pelo grande número de testes realizados e pela rápida notificação de casos, o que contribui para a transparência e a efetividade no enfrentamento da doença.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, explicou que a grande quantidade de casos é resultado não apenas da proliferação do mosquito, mas também de uma intensa testagem e um sistema de notificação eficiente. As chuvas e o aumento das temperaturas entre novembro e dezembro de 2024 favorecem a reprodução do vetor, o que fez com que o número de casos aumentasse consideravelmente nesse período. Apesar dos desafios, o Espírito Santo se prepara para enfrentar a doença com o apoio de equipes técnicas do Ministério da Saúde e outras ações coordenadas de monitoramento.
Além de medidas preventivas para controlar a infestação do mosquito, como a remoção de detritos e o uso de repelentes, o estado tem tomado cuidados com a transmissão vertical da doença, que pode afetar gestantes. Casos de má-formação congênita foram confirmados, reforçando a necessidade de precauções redobradas para as grávidas. A vigilância continua, com ações educativas e de eliminação de criadouros do mosquito, buscando reduzir a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.