O Espírito Santo é o segundo maior produtor de coco-anão do Brasil, com destaque para as cidades de São Mateus e Linhares, no norte do estado. A produção, que alcança cerca de 3,5 milhões de cocos por ano, tem sofrido com a falta de chuvas em 2024, impactando diretamente a produtividade. Mesmo com a alta demanda durante o verão, quando a água de coco é um dos produtos mais procurados nas praias, a seca comprometeu o desenvolvimento das frutas, resultando em uma oferta menor no mercado. Como consequência, os preços dos cocos aumentaram, beneficiando os produtores, mas criando desafios para os consumidores.
Os produtores têm investido em tecnologias para mitigar os efeitos da falta de chuvas, como sistemas de irrigação automatizados, que buscam garantir a continuidade da produção. Além disso, as mudanças climáticas têm levado os agricultores a se adaptar cada vez mais, buscando alternativas para enfrentar os períodos de seca prolongados. No entanto, as flutuações no preço e a falta de um padrão de valorização contínuo da fruta geram insegurança entre os produtores, que enfrentam a oscilação de preços e a baixa rentabilidade fora da temporada de verão.
Apesar do cenário desafiador, a expectativa é de que as vendas aumentem durante os meses mais quentes, com um preço elevado, refletindo a diminuição na oferta de coco. Durante o verão, o preço pode chegar até R$ 10 nas praias, muito acima do valor comum de mercado. A indústria de coco no Espírito Santo continua a apostar na tecnologia para aumentar a produção e atender a demanda crescente, embora ainda enfrente dificuldades relacionadas à sazonalidade e aos impactos climáticos.