A partir de julho, uma parceria inédita entre a Secretaria de Justiça do Espírito Santo e a Polícia Federal tem utilizado a biometria para ajudar na investigação de crimes. Detentos que entram nos presídios da região metropolitana de Vitória têm as digitais coletadas e enviadas em tempo real para o banco de dados nacional da Polícia Federal. Esse sistema permite a comparação de digitais de criminosos já identificados com novos registros, facilitando a atribuição de autoria em investigações de crimes ainda não solucionados.
A iniciativa tem trazido resultados significativos, com a Polícia Federal já emitindo 35 laudos de comparações biométricas, muitos dos quais ajudaram a esclarecer crimes, como roubos e homicídios. Em um caso, a partir da entrada de um detento no sistema prisional, a polícia conseguiu identificar sua participação em outros crimes cometidos em diferentes estados. O uso de impressões digitais também tem sido eficaz para identificar criminosos que usavam múltiplos nomes, revelando identidades falsas ou ocultas.
Este projeto é exclusivo do Espírito Santo, mas há expectativas de que outros estados adotem o sistema, aumentando as chances de identificar criminosos e resolver investigações em todo o país. Além disso, a criação de um sistema nacional unificado de informações de segurança pública é uma das propostas em discussão para melhorar o compartilhamento de dados e otimizar o trabalho das autoridades. O sucesso da parceria no Espírito Santo pode ser um modelo para o fortalecimento das estratégias de segurança pública em nível nacional.