O professor de física Gabriel Amorim passou 28 dias aguardando o repatriamento do corpo de seu pai, Fernando Pereira de Amorim Junior, que foi atropelado fatalmente em Buenos Aires, no dia 1º de janeiro. O acidente ocorreu enquanto o empresário brasileiro e sua esposa, Cleusa Adriana Nunes Pombo, aguardavam para atravessar a rua no bairro da Recoleta. Cleusa sobreviveu com politraumatismo, enquanto Fernando morreu no local. O corpo foi finalmente enviado ao Brasil, mas a família enfrentou uma longa espera devido a questões burocráticas.
Gabriel expressou sua indignação pela falta de contato da motorista envolvida no acidente, que não se desculpou nem ofereceu ajuda à família após o ocorrido. De acordo com ele, essa ausência de retratação foi uma dor adicional no processo de luto. A mulher que dirigia o carro foi identificada e, após ser detida, liberada, respondendo ao processo por homicídio culposo e lesões graves. A investigação inclui a possibilidade de uso do celular da motorista no momento do atropelamento, o que poderia ajudar a esclarecer as circunstâncias do acidente.
O repatriamento do corpo e a necessidade de uma rápida cerimônia de velório também foram fontes de sofrimento para a família, que enfrentou a lentidão do processo devido ao recesso das autoridades argentinas. A família aguarda que o processo judicial seja conduzido de maneira justa e transparente, com a esperança de que todas as questões relacionadas ao atropelamento sejam esclarecidas de forma adequada.