Profissionais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, finalizaram os trabalhos de extração, aquisição e validação dos dados contidos nas duas caixas-pretas do avião Embraer 190, que caiu no Cazaquistão em 25 de dezembro. O acidente resultou na morte de pelo menos 38 pessoas, com 67 a bordo, incluindo cinco tripulantes. A aeronave, operada pela Azerbaijan Airlines, decolou de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia.
As caixas-pretas contêm registros de comunicação de voz e dados sobre as condições do voo, que foram entregues às autoridades cazaques responsáveis pela investigação do acidente. A aeronave teria desviado de sua rota original, com suspeitas de que tenha sido atingida por defesas antiaéreas russas, em meio a ataques a drones ucranianos. No Brasil, os dados extraídos foram analisados no laboratório do Cenipa, que conta com equipamentos como microscópios e tecnologia de animação em realidade virtual.
O Cenipa realiza a recuperação de dados, incluindo sons da cabine, comunicações dos pilotos e informações sobre o voo, como variações de altitude, velocidade e trajetória. Com o uso de um simulador de voo, a equipe conseguiu recriar uma animação para entender as condições do voo antes do acidente, oferecendo importantes subsídios para a investigação em andamento.