A escritora Marina Colasanti faleceu nesta terça-feira, aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Natural da Eritreia, ela se destacou como autora de mais de 70 livros, abrangendo diversos gêneros literários, como poesia, contos, romances e ensaios. Colasanti teve grande reconhecimento, recebendo prêmios importantes, incluindo nove Jabutis e o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra. Sua trajetória literária foi marcada pela produção de obras infantis e juvenis, além de releituras de clássicos da literatura.
Marina chegou ao Brasil com sua família após a Segunda Guerra Mundial, quando se estabeleceram no Rio de Janeiro. Ela tinha uma forte ligação com o Parque Lage, onde passou parte de sua infância e juventude. A escritora escreveu sobre essa relação no livro “Vozes de Batalha” (2021), além de narrar seu período de infância em “Minha Guerra Alheia”. Ao longo de sua carreira, Colasanti também se destacou como jornalista e ilustradora.
Na última edição do Prêmio Jabuti, Colasanti foi homenageada como Personalidade Literária de 2024. Sua saúde já fragilizada impediu sua presença na cerimônia, sendo representada por sua filha, Alessandra Colasanti. Marina era casada com o poeta Affonso Romano de Sant’Anna desde 1971 e teve duas filhas, uma das quais faleceu em 2021. Ela deixa um legado literário relevante e uma marca indelével na literatura brasileira.