A rede municipal de educação de Campinas, com 65 mil alunos, implantará um protocolo antirracista no primeiro semestre letivo de 2025. O objetivo é capacitar professores e funcionários para reconhecer e prevenir atitudes racistas dentro das escolas, com ênfase nas relações étnico-raciais e na valorização das culturas. O protocolo, ainda em fase final de elaboração, foi incluído nas ações prioritárias do governo municipal, visando reduzir as desigualdades no processo educacional e promover um ambiente mais inclusivo para todos os estudantes.
O protocolo funcionará como uma diretriz que descreve o que caracteriza o racismo e como ele deve ser abordado no contexto educacional, incluindo possíveis tratamentos e encaminhamentos. O secretário adjunto de Educação, Luiz Marighetti, destaca que o processo também se destina a analisar e corrigir práticas pedagógicas que, muitas vezes, não atendem adequadamente às necessidades de alunos de diferentes origens sociais. A proposta é desenvolver uma educação mais inclusiva e menos segregadora, com uma abordagem individualizada para cada escola, considerando suas particularidades.
Além de combater o racismo explícito, as ações buscam também compreender as causas do baixo rendimento de estudantes negros, indígenas e ciganos, e propor soluções para garantir que todos os alunos tenham igualdade de oportunidades na aprendizagem. O projeto faz parte de uma política pública mais ampla que foi iniciada em 2023 e deve continuar até 2026, com o intuito de consolidar uma cultura antirracista nas escolas municipais. A meta é não apenas erradicar casos de injúria racial, mas também garantir a plena alfabetização e o progresso acadêmico de todas as crianças.