Nos arredores de Altadena, Califórnia, um grupo de voluntários, entre eles imigrantes não documentados, tem trabalhado arduamente na remoção de galhos e folhas de árvores queimadas, ajudando a limpar os escombros dos incêndios devastadores. Um dos voluntários, Cesar, trabalha como diarista na construção civil e, apesar de ser imigrante não documentado, tem contribuído para a reconstrução da cidade. A presença desses trabalhadores, que realizam tarefas fisicamente extenuantes e perigosas, é crucial para o processo de recuperação após desastres naturais.
A escassez de mão de obra qualificada na construção civil é uma preocupação crescente. Mais de um terço dos trabalhadores no setor nos Estados Unidos são estrangeiros, sendo que muitos deles estão sem documentos. Com a ameaça de deportações em massa sob a administração de Donald Trump, a falta desses trabalhadores poderia agravar ainda mais os desafios da reconstrução em Los Angeles, onde mais de 12 mil estruturas foram destruídas pelos incêndios. Especialistas afirmam que a redução do número de trabalhadores imigrantes pode retardar significativamente a reconstrução da cidade.
Além dos desafios logísticos e financeiros da reconstrução, como a burocracia e os altos custos de construção, o impacto de possíveis deportações pode ser ainda mais profundo. A economia da Califórnia, uma das maiores do mundo, depende das contribuições da comunidade imigrante, e uma redução dessa força de trabalho teria um efeito negativo não só no estado, mas no país como um todo. O setor da construção enfrenta um déficit de trabalhadores, o que torna ainda mais difícil substituir a mão de obra imigrante, necessária para restaurar casas e negócios destruídos pelos incêndios.