A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) solicitou à Organização das Nações Unidas (ONU) uma investigação sobre a decisão da Meta, empresa proprietária de plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, de alterar suas políticas de moderação de conteúdo. Anunciada por Mark Zuckerberg, a mudança implica no fim da checagem de fatos e na flexibilização das regras para controle de conteúdos. Hilton argumenta que essas alterações podem facilitar a propagação de discursos de ódio, incitação à violência e disseminação de fake news, prejudicando especialmente grupos minoritários, incluindo a comunidade LGBTQIA+.
A deputada baseia sua solicitação em dois tratados internacionais aprovados pela ONU, que garantem direitos civis e a proteção de minorias. Ela enfatiza que as novas diretrizes da Meta podem colocar em risco as vidas de indivíduos pertencentes a grupos vulneráveis, apontando a empresa como possível cúmplice na violação de direitos. Hilton também destaca que as mudanças podem intensificar a disseminação de desinformação, já que agora caberá aos usuários adicionar contextos e correções a publicações, o que tende a aumentar a proliferação de conteúdo falso.
A deputada pede uma ação imediata da ONU para proteger os direitos humanos das comunidades afetadas, especialmente no que diz respeito ao impacto da mudança sobre os direitos da população LGBTQIA+. Além disso, solicita que a ONU notifique Mark Zuckerberg para fornecer detalhes sobre a nova política de moderação, com foco nas consequências para as minorias. Hilton vê essa intervenção como essencial para prevenir abusos e garantir a proteção dos direitos desses grupos.