A equipe de Donald Trump está realizando questionamentos a funcionários públicos de carreira que atuam no Conselho de Segurança Nacional (NSC) sobre suas preferências políticas, com foco nas eleições presidenciais de 2024 e possíveis postagens em redes sociais. Alguns desses funcionários chegaram a recolher seus pertences após serem questionados sobre sua lealdade ao novo governo, apesar de já terem recebido orientações de que continuariam em seus postos. O deputado Mike Waltz, escolhido por Trump para liderar o NSC, sinalizou que pretende realizar uma limpeza no conselho, removendo especialistas e oficiais de inteligência de carreira para garantir que a equipe esteja alinhada com a agenda do presidente.
A proposta de demissão em massa de funcionários do NSC, caso seja concretizada, pode prejudicar a equipe de Trump ao privá-la de especialistas em áreas chave, como a guerra na Ucrânia e questões no Oriente Médio. Existe a preocupação de que, caso essas mudanças ocorram, os novos integrantes do conselho se tornem mais resistentes a oferecer conselhos contrários às políticas do governo. Jake Sullivan, atual conselheiro de Segurança Nacional, defende a permanência de funcionários de carreira no início do novo mandato para garantir uma transição eficiente e continuidade nas questões de segurança nacional.
Essa abordagem da nova administração também gera preocupações sobre o impacto na independência e na objetividade dos funcionários do governo. A medida pode desmotivar profissionais qualificados, que temem ser demitidos por defender posições imparciais ou por oferecer conselhos contrários à agenda do novo governo. O NSC, criado durante o governo de Harry Truman, tem como função assessorar o presidente em questões de segurança nacional e política externa, e é comum que especialistas continuem em suas funções durante as transições entre administrações.