A Boeing entregou, em 2024, o menor número de jatos desde o início da pandemia, com apenas 348 aeronaves entregues, uma queda significativa em relação ao ano anterior e muito abaixo das entregas de seu principal concorrente, a Airbus. Esse declínio foi impulsionado por uma série de fatores adversos, incluindo uma greve de dois meses que interrompeu a produção e a necessidade de lidar com falhas em peças fornecidas, que afetaram o ritmo de trabalho nas fábricas.
Além disso, a fabricante americana enfrentou sérios contratempos com seu modelo 737 Max, que resultaram em investigações e uma crise de imagem após um incidente de segurança envolvendo uma falha estrutural. Esses problemas, somados à greve, levaram a uma interrupção nas entregas e à necessidade de requalificar mecânicos e revisar processos produtivos, o que atrasou a recuperação da produção de alguns modelos importantes.
Apesar de registrar 569 pedidos brutos, a Boeing também enfrentou um número considerável de cancelamentos e ajustes nos negócios, o que reflete o desafio contínuo para restaurar a confiança dos clientes e recuperar sua posição no mercado global. A companhia continua a trabalhar para aumentar a produção e superar as dificuldades, mas os efeitos dessa crise ainda são visíveis, refletindo a complexidade da situação enfrentada pela gigante aeronáutica.