O aumento de 1 ponto percentual na Selic, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em 29 de janeiro de 2025, gerou críticas de diversas entidades. A taxa foi elevada para 13,25% ao ano, e representantes da indústria, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), argumentam que essa medida vai desacelerar ainda mais a produção nacional e reduzir os investimentos. A CNI afirmou que o Banco Central continua usando os juros altos como a principal ferramenta para combater a inflação, sem considerar outros fatores importantes, como o quadro fiscal e a desaceleração econômica do país.
Além das entidades empresariais, centrais sindicais também se manifestaram contra a alta da Selic. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) expressou frustração e destacou que o aumento vai elevar as despesas do governo com a dívida pública. A expectativa era que a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central trouxesse uma mudança na política monetária, mas a elevação da taxa reforça a percepção de que a política de juros altos persiste, gerando insatisfação entre os trabalhadores.
A Firjan também alertou sobre o impacto da medida no setor industrial, apontando que a alta dos juros agrava a perda de confiança no empresariado e dificulta o avanço de investimentos em áreas chave como inovação, infraestrutura e tecnologia. Em um cenário econômico global incerto, as entidades defendem a implementação de uma reforma fiscal que reduza o comprometimento com despesas obrigatórias e permita a alavancagem de investimentos essenciais para o crescimento sustentável.