O jet lag vai além do cansaço causado por viagens longas, sendo um fenômeno científico conhecido como disritmia circadiana, que ocorre quando o relógio biológico do corpo se desajusta em relação ao fuso horário do destino. O corpo humano segue um ritmo circadiano de 24 horas, controlado por uma região do cérebro chamada núcleo supraquiasmático, que regula funções essenciais como o sono, a temperatura corporal e o apetite, com base na exposição à luz. Ao atravessar diferentes fusos horários, o corpo tem dificuldades em sincronizar essas funções com o novo ambiente, o que pode gerar desconfortos.
Esse desajuste de horário pode afetar o bem-estar, causando sintomas como insônia, dificuldades de concentração, alterações no humor e fadiga mental. O cérebro, tentando adaptar-se a novas regras temporais, gera um conflito interno que prejudica o funcionamento do organismo. Além disso, pode afetar a saúde mental, com piora na memória, controle emocional e, em casos mais graves, agravar quadros de ansiedade ou depressão.
Para minimizar os impactos do jet lag, especialistas recomendam ajustes progressivos na rotina de sono, priorizando a exposição à luz natural durante o dia e evitando estimulantes como álcool e cafeína, que dificultam o processo de adaptação. A suplementação de melatonina, quando indicada por um médico, também pode ajudar a regular o sono. Respeitar os limites do corpo e permitir momentos de descanso são essenciais para garantir a recuperação do organismo durante viagens.