O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniu com o enviado especial do governo dos Estados Unidos, Richard Grenell, em Caracas na sexta-feira (31). O encontro aconteceu no contexto de uma crescente tensão diplomática entre os dois países, marcada por sanções e acusações mútuas. Apesar disso, o governo dos EUA tem demonstrado interesse em questões bilaterais, como a operação da Chevron na Venezuela e a situação de detidos americanos no país.
Grenell foi enviado à Venezuela com o objetivo de garantir a deportação de membros de uma gangue venezuelana e a repatriação de cidadãos americanos detidos no país. A Casa Branca, por meio de sua secretária de imprensa, reiterou que a visita não implica no reconhecimento de Maduro como líder legítimo, um ponto delicado nas relações diplomáticas entre os dois países. A diplomacia de Trump também envolve um esforço de combate à imigração, com foco na repressão de imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos.
Embora as relações entre os dois países estejam longe de uma normalização, a reunião reflete uma tentativa de resolver questões pendentes, como a operação de empresas americanas na Venezuela e o tratamento de imigrantes e detidos. A visita de Grenell também ocorreu em um momento de crescente pressão internacional sobre a Venezuela, com a administração de Trump considerando o fim das importações de petróleo do país.