As enchentes têm causado graves prejuízos no Brasil, afetando cidades como Recife, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, onde chuvas intensas expõem a fragilidade da infraestrutura urbana e o agravamento das mudanças climáticas. O aumento do volume e da frequência das chuvas, resultado do aquecimento global, torna-se um desafio para as cidades que, apesar das evidências científicas, ainda ignoram os riscos. Além disso, o desmatamento e a ocupação desordenada contribuem para a impermeabilização do solo, dificultando a drenagem e aumentando a vulnerabilidade das áreas urbanas.
A infraestrutura das cidades brasileiras também se mostra inadequada para lidar com as chuvas intensas. Muitas redes de drenagem foram projetadas para volumes bem menores de água, e a falta de manutenção dessas estruturas agrava o problema. O lixo jogado nos rios e canais impede o escoamento adequado das águas, e a ocupação desordenada, especialmente nas periferias, expõe as populações mais vulneráveis a riscos maiores. A combinação desses fatores tem causado danos materiais e perdas humanas a cada evento de alagamento.
Para enfrentar essa realidade, é necessário adotar soluções como a infraestrutura verde, que inclui a criação de espaços permeáveis, como parques e praças, para ajudar na absorção da água da chuva. A proteção de mananciais e a despoluição dos rios urbanos também são medidas importantes. Além disso, é essencial promover a educação ambiental, conscientizando a população sobre o impacto do descarte inadequado de lixo. A mudança no planejamento urbano, incorporando soluções baseadas na natureza, é fundamental para aumentar a resiliência das cidades diante de eventos climáticos extremos, que não são mais uma ameaça futura, mas uma realidade urgente.