Em 2024, as empresas estatais federais apresentaram um déficit histórico de R$ 6,7 bilhões, o maior desde o início da série histórica em 2001. O governo explica que o aumento no rombo está relacionado aos investimentos realizados pelas empresas, que cresceram 12,5% em relação a 2023, alcançando R$ 5,3 bilhões. Esses investimentos representam 83% do déficit total. O resultado considera 20 estatais dependentes, como os Correios e a Infraero, enquanto empresas lucrativas, como a Petrobras e os bancos federais, não são incluídas no cálculo.
O governo destacou a situação dos Correios como um dos principais fatores para o aumento do déficit. A estatal registrou um rombo de R$ 3,2 bilhões em 2024, com a queda de receitas no segmento postal e a entrada em vigor de novos programas, como o Remessa Conforme. Além disso, a empresa enfrentou dificuldades devido à redução de investimentos e à perda de contratos. O governo está avaliando medidas para garantir a sustentabilidade financeira dos Correios, sem considerar uma possível privatização ou a quebra do monopólio postal.
Além dos Correios, outras estatais, como a Infraero e a Casa da Moeda, também são motivo de preocupação. O governo está buscando alternativas de negócios para aumentar as receitas dessas empresas, como no caso dos Correios, que planeja explorar novos mercados, como banco digital e seguros. A atual gestão das estatais está focada em inovações e modernização operacional, com o objetivo de reverter os déficits e alcançar melhores resultados financeiros nos próximos anos.