Empresas localizadas na Amazônia estão se destacando por adotar o modelo de sociobioeconomia, que alia a geração de renda à preservação ambiental e ao fortalecimento de comunidades locais. Produtos típicos da região, como cupuaçu, tucupi e bacuri, são coletados por comunidades tradicionais, transformados em alimentos e vendidos por empresas como a Manioca e a Amazonique. Essas empresas, além de contribuir para o desenvolvimento econômico, promovem a sustentabilidade por meio de parcerias com fornecedores locais, oferecendo assistência técnica e garantindo preços justos a longo prazo. Esse modelo de negócios é um exemplo claro de como é possível alavancar a economia local sem comprometer a biodiversidade da Amazônia.
O modelo de sociobioeconomia também ganha força com o apoio de organizações como a Assobio, que reúne empresas focadas no desenvolvimento sustentável da região. Ao invés de depender de grandes projetos externos, a associação defende a multiplicação de pequenos e médios negócios que respeitem as tradições e a biodiversidade local. As empresas associadas exploram cerca de 100 ingredientes amazônicos, como o açaí e o cacau, para criar produtos que respeitam as práticas tradicionais e ajudam a preservar o modo de vida local, gerando emprego e renda de forma descentralizada.
Entre os novos negócios que se destacam, estão empresas como a Smart Food, que trabalha com biotecnologia para criar alimentos veganos a partir de ingredientes da Amazônia, como o açaí e o tucumã, e a Yanciã, que investe em moda sustentável com base em saberes ancestrais de comunidades tradicionais. Esses exemplos mostram que a sociobioeconomia oferece uma alternativa viável para minimizar os impactos das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que promove a regeneração dos ecossistemas e a inclusão social. O modelo é considerado essencial para o futuro da região, pois equilibra o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, gerando um impacto positivo tanto para a população local quanto para o meio ambiente.