A China enfrenta um desafio crescente com o aumento no número de empresas americanas que consideram sair do país, de acordo com um relatório anual da Câmara do Comércio Americana (AmCham) da China, divulgado em 22 de janeiro de 2025. O estudo revela que 17% das empresas já iniciaram o processo de realocação de suas operações para outros países, enquanto 13% ainda avaliam essa possibilidade. Esses números representam os maiores índices desde o início da pesquisa, em 2020. As principais razões apontadas para essa mudança são os conflitos comerciais com os Estados Unidos, tensões geopolíticas e os impactos de novas tarifas.
A pesquisa indicou que os destinos mais cogitados para a realocação estão em países em desenvolvimento da Ásia, como Índia, Vietnã e Tailândia, que atraem 38% das empresas. Outros 18% das empresas estão considerando retornar aos Estados Unidos, enquanto 14% olham para países desenvolvidos da Ásia, como Japão e Coreia do Sul. Em contraste, o número de empresas que não considera sair da China diminuiu para 67%, marcando uma mudança significativa no cenário de investimentos no país.
Embora a China ainda seja vista como um destino estratégico para muitos investidores, sua posição está menos consolidada. Apenas 12% dos entrevistados consideram a China sua principal prioridade de investimento, um número bem abaixo dos 26% que a colocam entre as três principais escolhas. Por outro lado, 21% afirmam que a China não está mais entre suas prioridades de investimento, refletindo um aumento de 3 pontos em relação a 2023 e um crescimento significativo desde 2020. A pesquisa foi realizada entre outubro e novembro de 2024, com a participação de 368 empresas americanas de diferentes setores.