Uma polêmica recente no mundo do axé gerou um intenso debate sobre o respeito às tradições culturais afro-brasileiras. O empresário Fábio Almeida, conhecido por gerenciar grandes nomes da música baiana, como Ivete Sangalo e Claudia Leitte, entrou em uma discussão nas redes sociais com um fã da cantora baiana. O desentendimento surgiu após críticas à mudança da palavra “Yemanjá” para “Yeshua” em uma das músicas de Leitte, acusada de apropriação cultural e racismo religioso. A situação foi amplamente comentada e gerou repercussões sobre o uso superficial e desrespeitoso da cultura de matriz africana por algumas figuras públicas.
Almeida usou as redes sociais para reforçar a importância de preservar a história e os fundamentos da música axé, além de alertar sobre os riscos de apropriação cultural. Ele destacou que atitudes como a reescrita de letras e a retirada dos nomes de Orixás nas músicas são formas de desrespeito que vão contra a essência do movimento. A crítica de Almeida gerou apoio, inclusive de Ivete Sangalo, que se manifestou concordando com a posição do empresário. A situação também reacendeu discussões sobre o relacionamento entre as duas artistas, com especulações sobre uma rivalidade não resolvida.
O embate no axé foi ainda mais intensificado pela ausência de apoio entre as partes envolvidas e pela denúncia ao Ministério Público da Bahia. A polêmica se estendeu a críticas sobre como as tradições culturais têm sido tratadas no cenário atual e sobre o impacto das atitudes de figuras públicas no respeito à diversidade e à história afro-brasileira. Em meio a esse cenário, Almeida e outros artistas reafirmaram a necessidade de um debate verdadeiro e consciente, para preservar a autenticidade do movimento musical que marcou a história do Brasil.