José Maria da Costa Júnior foi condenado a 13 anos de prisão após atropelar e matar uma ciclista em novembro de 2020, em São Paulo. A vítima, uma socióloga, foi atingida enquanto pedalava pela Avenida Paulo VI, na Zona Oeste. Durante o julgamento, a maior parte dos jurados concluiu que o réu, ao dirigir embriagado e em alta velocidade, assumiu o risco de matar a vítima, além de fugir sem prestar socorro. A sentença também incluiu penas por embriaguez ao volante e omissão de socorro, totalizando a pena de 13 anos de prisão.
Apesar da condenação, o réu poderá recorrer da decisão em liberdade. O Ministério Público, que considerou a pena baixa, anunciou que recorrerá da sentença para pedir uma pena mais severa, além de exigir que ele seja preso enquanto aguarda o julgamento do recurso. A defesa do réu, por sua vez, argumenta que ele não teve a intenção de matar, tentando reverter a acusação de homicídio doloso para homicídio culposo. A acusação busca uma sentença mais rigorosa, considerando as circunstâncias agravantes.
O caso gerou comoção pública, especialmente entre defensores dos direitos dos ciclistas. A família da vítima, além de buscar justiça, criou um projeto de conscientização sobre a segurança no trânsito, destacando a necessidade de mais educação para motoristas e ciclistas. O atropelamento de Marina Harkot se tornou símbolo de uma luta maior por segurança viária na cidade, com a morte de ciclistas em São Paulo sendo uma questão crescente, conforme dados de organizações civis sobre impunidade no trânsito.