As eleições municipais de 2024 no Brasil mostraram um recorde histórico de reeleição, com 82% dos prefeitos que buscaram novo mandato sendo reeleitos. Esse alto índice reflete a confiança da população nas gestões em andamento, mas também apresenta desafios para os gestores locais, que precisam lidar com questões complexas e essenciais, como saúde, educação, segurança, mobilidade urbana e geração de empregos. Essas áreas demandam investimentos contínuos e estratégias eficazes para atender às crescentes exigências da população.
A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) é um exemplo de desafio compartilhado entre União, estados e municípios, com os recursos financeiros concentrados no governo federal, dificultando o acesso aos prefeitos. A busca por parcerias e apoio dos deputados federais, além dos governos estadual e federal, se torna crucial para garantir a continuidade e a melhoria dos serviços de saúde. Prefeitos reeleitos, como Germano Stevens e Lorenzo Pasolini, destacam as dificuldades enfrentadas em suas gestões, incluindo o acesso aos recursos e a necessidade de adotar medidas austeras em momentos de crise.
Na maior cidade do país, São Paulo, o prefeito reeleito Ricardo Nunes terá pela frente um orçamento recorde de 125,7 bilhões de reais para o ano de 2025. No entanto, ele enfrentará desafios de administrar uma metrópole de 12 milhões de habitantes enquanto tenta ajustar as contas e manter o ritmo de investimentos. A reforma tributária, que entra em vigor no próximo ano, também exigirá adaptações dos prefeitos, com a substituição de impostos estaduais como o ICMS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), o que poderá impactar diretamente as finanças municipais.