As eleições presidenciais em Belarus, previstas para o dia 26 de janeiro de 2025, ocorrem em um cenário de forte repressão política. As principais lideranças da oposição estão exiladas em países ocidentais, e os quatro candidatos permitidos a concorrer são aliados ou simpatizantes do presidente Aleksandr Lukashenko. A censura nas redes sociais e a vigilância das forças de segurança evidenciam o controle autoritário do governo, que busca garantir a continuidade de seu poder, com medidas rigorosas que excluem candidatos do exterior e barram observadores imparciais.
Apesar de uma aparente abertura política no passado, como a normalização das relações com a União Europeia entre 2015 e 2016, o regime de Lukashenko tem se fortalecido por meio da repressão a qualquer forma de dissidência. O uso crescente de forças de segurança, a intimidação de ativistas e o fechamento de organizações independentes refletem a transição do país de um modelo autocrático para um regime mais totalitário. As eleições não contam com a participação de críticos ao regime, e os candidatos concorrentes manifestam apoio ao atual presidente, reforçando a falta de uma real oposição.
A narrativa pró-governo, amplificada durante a campanha, destaca ameaças externas, como a pressão do Ocidente e a oposição como sendo submissa a interesses estrangeiros. Embora o país enfrente um cenário de crise política com mais de 1.200 presos políticos e uma censura crescente, a estratégia de Lukashenko visa consolidar seu poder, com apoio de uma estrutura de segurança ampliada e uma linha dura contra qualquer contestação. A situação em Belarus é um reflexo do controle absoluto sobre a política interna e a repressão das liberdades civis.