A América Latina terá um ano de eleições em 2025 com pleitos presidenciais e legislativos em diversos países, sendo que o foco principal será a avaliação da capacidade dos governantes em lidar com crises políticas, econômicas e de segurança. Países como Equador, Bolívia, Argentina, Chile e Honduras irão às urnas para escolher novos líderes ou renovar seus parlamentos. Nessas eleições, a ideologia política será ofuscada pela exigência dos eleitores por resultados concretos, com a avaliação dos governos incumbidos de enfrentar crises profundas. A pesquisa Latinobarómetro destaca um cenário de crescente frustração popular, com os cidadãos buscando respostas imediatas para questões como insegurança, economia estagnada e falhas na gestão pública.
No Equador, o presidente Daniel Noboa tentará a reeleição, após assumir em meio a uma grave crise de violência e segurança pública. A situação de insegurança no país, com o aumento de homicídios e a ação de gangues, será um dos pontos centrais da avaliação dos eleitores. Já na Bolívia, o presidente Luis Arce, que assumiu após um período de instabilidade política e social, ainda não confirmou sua candidatura à reeleição, e o país enfrenta desafios econômicos e uma divisão interna no governo. O cenário político na Bolívia está marcado pela tensão, com a oposição buscando se consolidar após momentos de crise democrática.
O Chile também terá um ciclo eleitoral importante em 2025, com as eleições presidenciais e legislativas previstas para novembro e dezembro. A insatisfação popular com a gestão de Gabriel Boric e a sensação de que as promessas de mudança não foram atendidas geram um clima de frustração no país. No mesmo ano, a Argentina terá eleições legislativas, que serão vistas como um termômetro para a aprovação da gestão de Javier Milei, marcada pela crise econômica. Em Honduras, a presidência de Xiomara Castro está em seu fim, com escândalos envolvendo a família presidencial gerando um cenário incerto para as eleições de novembro. Essas eleições serão determinantes para o futuro político e econômico da região, marcada por um contexto de desafios globais e locais.