Nas últimas semanas, a Alemanha vive um cenário político tenso, marcado por manifestações contra o avanço da extrema direita e pela crescente instabilidade econômica. Em meio a essa polarização, o Partido Alternativa para Alemanha (AfD) vem ganhando força, com Alice Weidel, sua líder, recebendo até apoio de figuras como o bilionário Elon Musk. O país se prepara para as eleições gerais de fevereiro, após a queda do governo de Olaf Scholz, que perdeu o apoio de sua coalizão devido a divergências econômicas, especialmente com o aumento do custo de vida e as consequências da guerra na Ucrânia.
A situação política de Scholz se deteriorou após a perda de um voto de confiança no Congresso, e sua popularidade está em queda. A coalizão que o sustentava, composta pelo SPD, os Verdes e o FDP, entrou em colapso, resultando em uma dissolução do parlamento e convocação de novas eleições. A disputa está acirrada entre vários partidos, sendo o CDU/CSU, liderado por Friedrich Merz, o principal favorito, seguido pela AfD. O SPD, que liderou o governo anterior, enfrenta um cenário desfavorável, com previsões de queda nas intenções de voto.
Além das questões econômicas, que incluem recessão e dificuldades com a concorrência da China, a imigração tem sido um tema central nas eleições. A Alemanha, com uma das maiores populações de imigrantes da Europa, está lidando com um crescente debate sobre suas políticas migratórias, especialmente com propostas do CDU/CSU para restringir a entrada de imigrantes. O AfD, com um discurso anti-imigração, aproveitou o descontentamento popular para avançar, sendo uma das forças políticas mais relevantes atualmente. No entanto, a possibilidade de formar uma coalizão governamental parece difícil para o partido, dada a resistência dos outros grupos políticos.