O governo do Egito receberá um desembolso de US$ 1,2 bilhão do Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda neste mês, como parte de um programa de US$ 8 bilhões com o credor internacional. A medida foi anunciada pelo ministro das Finanças, Ahmed Kouchouk, que afirmou que a diretoria executiva do FMI se reunirá em janeiro para formalizar a liberação do valor. O pagamento é referente à quarta revisão do arranjo da Facilidade Ampliada de 46 meses, acordada pelo Egito com o FMI em 2023.
A economia egípcia enfrenta desafios consideráveis, como alta inflação e escassez de moeda estrangeira, o que motivou o país a aceitar o programa do FMI. Além disso, a queda nas receitas provenientes do Canal de Suez, agravada pelas tensões geopolíticas no último ano, intensificou a crise econômica. O governo egípcio tem buscado alternativas para enfrentar a crise, sem solicitar um aumento no empréstimo já aprovado de US$ 8 bilhões.
Kouchouk também mencionou que o país planeja captar cerca de US$ 3 bilhões até o final do atual ano fiscal, em junho, por meio de emissões para investidores. No entanto, o ministro não forneceu detalhes sobre os tipos de instrumentos financeiros que seriam oferecidos, como novos títulos para investidores estrangeiros. Essas medidas fazem parte dos esforços do governo para mitigar os efeitos da crise financeira interna e melhorar a situação econômica do país.