A professora Débora Garofalo, que foi finalista do Global Teacher Prize, expressou sua opinião sobre a recente lei que proíbe o uso de celulares nas escolas brasileiras. Embora reconheça os problemas relacionados ao uso excessivo de dispositivos móveis por crianças e adolescentes, ela considera a proibição uma medida incompleta. Para Garofalo, a solução não está apenas no veto aos aparelhos, mas na necessidade de educar os alunos para um uso consciente e responsável da tecnologia. A educadora defende a implementação de uma educação digital sólida, alinhada com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prepara os estudantes para lidar com o mundo tecnológico de maneira crítica e informada.
A lei que proíbe os celulares tem como objetivo proteger a saúde mental dos jovens, mas, segundo Garofalo, a medida não pode ser vista como uma solução final. Ela destaca que a escola deve ser um espaço de aprendizado, e o uso da tecnologia, como os celulares, pode ser aproveitado pedagogicamente para fomentar a inclusão digital e a criatividade. A professora também aborda a importância de políticas públicas que melhorem a infraestrutura das escolas, especialmente em áreas mais carentes, para que todos os estudantes tenham acesso a ferramentas adequadas ao aprendizado digital.
Garofalo também fala sobre a dificuldade de implementar a proibição de celulares de forma eficaz, especialmente devido à falta de recursos e de um planejamento mais amplo nas escolas. Ela acredita que é preciso um esforço coletivo, envolvendo pais, educadores e alunos, para criar um ambiente educativo mais saudável e produtivo. Por fim, a educadora alerta que a tecnologia, quando bem utilizada, pode ser uma aliada importante no processo de ensino-aprendizagem, sem substituir o papel fundamental dos professores.