A economia da zona do euro estagnou no quarto trimestre de 2024, refletindo a diminuição do consumo por parte das famílias, que, preocupadas com a situação econômica, optaram por economizar. O Produto Interno Bruto (PIB) dos 20 países da região que utilizam o euro ficou inalterado em relação ao trimestre anterior, contrariando as previsões de um crescimento modesto de 0,1%. Esse desempenho fraco foi particularmente impactado pela contração econômica da Alemanha, que enfrenta dois anos consecutivos de queda no PIB, afetando negativamente o desempenho do bloco.
O enfraquecimento da economia europeia também foi impulsionado pela recessão industrial, que resulta dos elevados custos de energia, e pela limitação dos gastos governamentais. O consumo das famílias foi severamente prejudicado pela cautela em relação à situação financeira, agravada por um mercado de trabalho que mostra sinais de enfraquecimento. Em resposta a esses desafios, é esperado que o Banco Central Europeu reduza as taxas de juros pela quarta vez consecutiva, buscando estimular a economia com um afrouxamento da política monetária.
Embora a zona do euro como um todo tenha enfrentado dificuldades, a Irlanda apresentou um declínio significativo no crescimento, com uma queda de 1,3%, devido à volatilidade gerada pela forte presença de multinacionais. Entre as maiores economias da região, a Alemanha e a França apresentaram contração, a Itália estagnou, enquanto a Espanha registrou crescimento de 0,8%. Além disso, o desemprego na zona do euro subiu para 6,3% em dezembro, destacando as dificuldades no mercado de trabalho.