A economia da China apresentou um crescimento de 5% em 2024, impulsionada principalmente pelas exportações e pelas medidas de estímulo adotadas pelo governo. Embora esse ritmo tenha sido mais lento do que o do ano anterior, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) alinhou-se com as metas governamentais. No último trimestre, entre outubro e dezembro, o crescimento foi de 5,4%, refletindo um aumento nas exportações à medida que empresas e consumidores tentaram antecipar-se a possíveis tarifas mais altas impostas pelos Estados Unidos. A produção industrial teve alta de 5,8%, e as vendas no varejo cresceram 3,5%, mas o país ainda enfrentou desafios devido ao consumo interno reduzido e à desaceleração do setor imobiliário.
A população chinesa também experimentou uma queda pelo terceiro ano consecutivo, com uma diminuição de 1,39 milhão de pessoas em 2024, um reflexo do envelhecimento populacional e das pressões sociais e econômicas. A dificuldade em equilibrar o custo de vida e a pressão para alcançar maior educação e estabilidade profissional tem levado os jovens a adiar o casamento e a maternidade. Além disso, o país enfrenta consequências das políticas de controle de natalidade, que limitaram o número de filhos por família ao longo das últimas décadas, agravando os desafios demográficos.
Para estimular a economia, o governo chinês implementou diversas políticas, como a redução dos percentuais obrigatórios de reservas dos bancos e cortes nas taxas de juros. Também houve a antecipação de recursos do orçamento de 2025 para financiar projetos de infraestrutura. No entanto, as condições sociais e econômicas, incluindo a fragilidade da rede de seguridade social e a queda no valor das propriedades, continuam a dificultar uma recuperação mais robusta, afetando a confiança do consumidor e a capacidade de estimular a demanda interna.