A economia da China atingiu a meta de crescimento de 5% em 2024, mas de maneira desequilibrada, com o aumento das queixas sobre a queda dos padrões de vida. Embora o crescimento tenha sido impulsionado pela produção industrial e pelas exportações, o consumo interno permaneceu fraco, e o desemprego aumentou. A maior parte dos estímulos econômicos foi direcionada para setores industriais, o que intensificou as pressões deflacionárias e enfraqueceu o consumo doméstico. Além disso, há preocupações com a profundidade dos problemas estruturais da economia, especialmente com a crescente dívida e a crise no setor imobiliário.
Em relação ao desempenho futuro, a China enfrenta um cenário incerto, com a ameaça de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que podem agravar ainda mais os desafios econômicos. Exportadores chineses se preparam para impactos mais severos, e as tensões comerciais aumentam, o que pode resultar em uma maior transferência de produção para outros países e a redução de lucros e empregos. O governo chinês prometeu focar no estímulo ao consumo doméstico, mas, até o momento, as ações concretas foram limitadas a programas de subsídios, como para a compra de produtos duráveis.
O ceticismo sobre a precisão dos dados econômicos oficiais também cresce. Especialistas questionam se o crescimento foi realmente de 5%, apontando discrepâncias entre os números oficiais e a realidade percebida, como a persistência das dificuldades no mercado imobiliário e o baixo nível de demanda interna. O cenário se torna ainda mais complexo com as expectativas de um crescimento mais lento em 2025, o que torna as metas de crescimento cada vez mais difíceis de avaliar e alcançar.