A economia alemã sofreu uma contração maior do que o esperado no quarto trimestre de 2024, com uma queda de 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados preliminares. Analistas previam uma redução de apenas 0,1%. Caso o crescimento do primeiro trimestre de 2025 também seja negativo, a Alemanha poderá entrar oficialmente em recessão, definida como dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Esse desempenho econômico instável alimenta os temores de uma recessão prolongada, impactando negativamente a confiança do mercado e a estabilidade interna.
Os principais fatores que afetam a economia incluem a intensificação da concorrência internacional, os elevados custos de energia, as altas taxas de juros e a incerteza em torno das perspectivas econômicas. Esses elementos contribuíram para a segunda contração consecutiva da economia alemã em 2024. Além disso, o governo do país revisou para baixo sua previsão de crescimento para 2025, que passou de 1,1% para 0,3%, principalmente devido a tensões comerciais e ao clima de incerteza gerado pelas próximas eleições federais.
A situação econômica tensa se reflete também no cenário político, já que a questão do estímulo à economia foi um dos principais motivos para a queda do governo em novembro, o que levou à convocação de eleições antecipadas. A expectativa é que as eleições de 23 de fevereiro foquem fortemente na recuperação econômica do país, que tem sido a maior preocupação dos eleitores. Caso as previsões de uma nova contração se confirmem, a Alemanha poderá enfrentar o terceiro ano consecutivo de declínio, o que seria um fato inédito desde a reunificação.
