Prefeituras do interior de São Paulo estão adotando o uso de drones como uma ferramenta inovadora no combate ao mosquito da dengue, uma ameaça crescente na região noroeste do estado. A cidade de Urupês, por exemplo, utiliza o equipamento para pulverizar larvicida em áreas estratégicas, como calhas e coberturas, que são frequentemente negligenciadas pelos moradores. O uso do drone permite que a pulverização seja feita de forma rápida e eficiente, cobrindo grandes áreas em pouco tempo, contribuindo para o controle de criadouros do mosquito.
Em São José do Rio Preto, maior cidade da região, os drones têm uma função diferente: realizar a fiscalização de terrenos abandonados que se tornaram pontos de descarte irregular de lixo. O equipamento sobrevoa as áreas para identificar focos de acúmulo de resíduos, como pneus e baldes, que podem acumular água e servir de criadouros para o mosquito. As autoridades locais, com o apoio da tecnologia, têm aplicado multas a infratores e mapeado cerca de 100 terrenos na cidade.
A situação de saúde pública nas duas cidades é alarmante, com um aumento significativo nos casos de dengue. São José do Rio Preto, em particular, enfrentou uma epidemia com 33 mil casos registrados no ano anterior, e a criação de novos leitos e a ampliação de serviços de saúde foram medidas adotadas para conter a situação. A circulação de tipos mais agressivos do vírus, como o dengue 3, preocupa os especialistas, já que ele pode afetar uma grande parte da população, aumentando o risco de complicações graves e mortes. A epidemia de dengue tem desafiado as autoridades a buscar soluções criativas e eficazes, como o uso de drones, para combater a doença de forma mais ágil e precisa.