Em Urupês (SP), drones têm sido utilizados para combater a dengue, oferecendo uma solução eficiente na pulverização de larvicidas em áreas com alta incidência da doença. A tecnologia, que começou a ser aplicada em 2024, tem se mostrado eficaz, pulverizando um quarteirão em cerca de um minuto e meio. O equipamento, emprestado por um produtor rural, permite um mapeamento preciso das áreas mais afetadas, com o operador controlando a dispersão do produto para garantir que atinja as áreas com criadouros do mosquito.
Enquanto em Urupês a utilização dos drones é focada na pulverização de larvicidas, em São José do Rio Preto (SP) a tecnologia tem outro objetivo: fiscalizar terrenos usados para descarte irregular de lixo. Com o aumento de casos de dengue na cidade, que registrou 903 casos até meados de janeiro de 2025, os drones ajudam a mapear e multar áreas de descarte clandestino, algo que contribui para a proliferação do mosquito transmissor da doença. A prefeitura também tem implementado medidas de suporte à saúde, com ampliação de leitos e reforço no atendimento médico.
Em 2024, São José do Rio Preto teve um recorde de 35.049 casos de dengue, e, em 2025, a cidade lidera o ranking de casos prováveis de dengue no Brasil, com quase 5.000 registros. A situação tem gerado sobrecarga nas unidades de saúde, com pacientes enfrentando longas filas de espera. O aumento de casos em cidades do interior paulista, como Araçatuba e Votuporanga, destaca a gravidade da situação, impulsionando o uso de novas tecnologias e estratégias de controle da doença.