A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros mapeou mais de 3,6 mil hectares de áreas no norte de Minas Gerais entre dezembro e janeiro, identificando mais de 9.200 potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. O uso de drones, tecnologia aplicada principalmente em locais de difícil acesso, facilitou a identificação dos focos, como caixas d’água destampadas, depósitos de lixo, e áreas com acúmulo de água. Os drones permitiram que os municípios realizassem um monitoramento mais eficiente, contribuindo para a eliminação de focos e a redução dos casos de arboviroses, como dengue, chikungunya e zika.
De acordo com a SRS, o investimento da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais foi superior a R$ 2,2 milhões para a implementação dessa tecnologia. O uso de drones tem sido fundamental na detecção de focos em locais de difícil acesso, como morros, poços e áreas com infraestrutura inadequada. Além disso, as imagens capturadas pelos drones possibilitam uma análise detalhada, facilitando a elaboração de estratégias para o envio de agentes de controle de endemias.
Até o momento, 43 municípios foram mapeados, e 33 já receberam relatórios detalhados com informações que ajudam as secretarias municipais de saúde a tomar decisões mais assertivas sobre os locais que necessitam de atenção. A tecnologia dos drones não só facilita a identificação dos focos, como também oferece uma forma mais eficiente de notificar os responsáveis pelas propriedades, proporcionando dados visuais para corroborar as ações de combate ao mosquito transmissor.