O dólar registrou uma queda significativa no mercado cambial após o discurso virtual do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Fórum de Davos, na Suíça, onde se mostrou favorável a uma relação mais amigável com a China. Esse movimento foi acompanhado pela redução nos juros dos títulos do Tesouro americano, refletindo a diminuição da força da moeda americana frente a outras divisas globais, incluindo o real. O dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,92, com uma queda de 0,35%, sendo o quarto dia consecutivo de desvalorização.
O recuo da moeda americana beneficia o real, que tem demonstrado bom desempenho em relação a outras moedas internacionais neste mês. No Brasil, o dólar chegou a alcançar R$ 5,87, o menor valor desde dezembro do ano passado. Esse enfraquecimento é atribuído, em parte, à diminuição das posições compradas na moeda americana por investidores estrangeiros, que reagiram positivamente à postura mais conciliatória de Trump em relação à China e à ausência de uma imposição agressiva de tarifas no início de seu mandato.
Apesar da valorização do real, a Bolsa brasileira (Ibovespa) não conseguiu refletir esse movimento positivo, fechando em queda de 0,40%. O fortalecimento da moeda não foi suficiente para impulsionar outros ativos do mercado financeiro, como ações e juros. Analistas indicam que o cenário de incertezas e a volatilidade continuam impactando o mercado local, que, apesar da valorização do real, ainda enfrenta um ambiente de instabilidade.