O dólar iniciou o primeiro pregão de 2025 em alta frente ao real, refletindo uma combinação de fatores internacionais e domésticos. A moeda americana subiu devido à divulgação de dados que indicam um enfraquecimento da atividade industrial na China, o que preocupa os exportadores brasileiros, já que a desaceleração chinesa tende a impactar negativamente as exportações de commodities. Além disso, o cenário fiscal doméstico ainda gera incertezas, o que contribui para a pressão sobre o real.
De acordo com especialistas, o Brasil, como país exportador de commodities, tem menor margem para apreciar a moeda frente ao dólar, dado o desempenho dos índices de atividade industrial global. No cenário interno, as perspectivas não são favoráveis, com a dívida pública em crescimento e taxas de juros reais acima de 7%, o que mantém um clima de cautela entre os investidores.
Por volta das 9h55, o dólar à vista registrava alta de 0,63%, sendo cotado a R$ 6,2189, com a máxima do dia alcançando R$ 6,2267. No mercado futuro, o contrato para fevereiro também apresentava valorização, subindo 0,72%, com o dólar sendo negociado a R$ 6,2490. Esses movimentos refletem a persistente volatilidade e as incertezas que moldam as perspectivas econômicas para o Brasil neste início de ano.