Em um dia de turbulência nos mercados financeiros, o dólar comercial encerrou a sexta-feira (10) cotado a R$ 6,102, com alta de 1%, impulsionado pelos dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. A moeda norte-americana reagiu à notícia de que a economia dos EUA criou mais empregos do que o esperado em dezembro, o que elevou as expectativas de que o Federal Reserve possa adiar a redução nas taxas de juros. A alta do dólar foi um reflexo direto desse anúncio, apesar de ter iniciado o dia em queda.
A bolsa de valores brasileira também apresentou um dia negativo, com o índice Ibovespa recuando 0,77%, fechando aos 118.856 pontos, o que representa o menor nível desde o início de janeiro. A queda foi atribuída principalmente aos fatores externos, como a alta das taxas de juros nos EUA, que pressionam as economias emergentes, incluindo o Brasil, e estimulam a fuga de capitais. Internamente, o mercado não foi impactado diretamente pelos números da inflação de 2024, que ficaram acima da meta estabelecida pelo governo.
O cenário econômico internacional, com as altas taxas de juros nos Estados Unidos e a criação de empregos acima do esperado, continua a afetar os mercados financeiros globais, fazendo com que investidores reavaliem suas estratégias. A expectativa é que os dados de emprego nos EUA resultem em uma política monetária mais restritiva por lá, o que pode impactar negativamente os mercados financeiros nos próximos meses, especialmente em economias emergentes como o Brasil.