O dólar avançou frente às principais moedas, impulsionado por novas declarações do presidente dos Estados Unidos sobre a imposição de tarifas mais altas sobre as importações globais. Trump anunciou planos para aplicar tarifas superiores a 2,5% em uma série de produtos, incluindo semicondutores, aço, alumínio e cobre. Além disso, países considerados uma ameaça à segurança dos EUA também seriam alvo de tarifas. A medida gerou um fortalecimento do dólar, com o índice DXY, que mede a variação da moeda frente a outras seis, fechando com alta de 0,49%.
O impacto das declarações de Trump foi refletido nas cotações das principais moedas: o dólar subiu frente ao iene japonês, enquanto a libra esterlina e o euro registraram queda. O peso mexicano e o dólar canadense também apresentaram variações, com o primeiro recuando e o segundo avançando. A secretária de imprensa dos EUA confirmou que as tarifas contra o México e o Canadá, previstas para o dia 1º de fevereiro, continuam em vigor, o que reforça a incerteza no mercado cambial.
Analistas observam que as ameaças tarifárias de Trump têm sido mais direcionadas aos países das Américas, com o México sendo o mais vulnerável a essas medidas. Instituições financeiras, como a Capital Economics, destacam que os países emergentes estão relativamente bem posicionados para enfrentar um dólar mais forte. Por outro lado, o ING e a Global FX apontam que as tarifas são uma preocupação significativa para o mercado de câmbio, com o dólar tendendo a se valorizar toda vez que o tema das tarifas volta à pauta.
