O mercado financeiro acompanha nesta quarta-feira, 8, a valorização do dólar no mercado à vista, influenciado pelo fortalecimento da moeda norte-americana e pelos rendimentos dos Treasuries. A situação é agravada pela retórica protecionista do presidente eleito dos Estados Unidos, que estuda declarar uma emergência econômica nacional para justificar tarifas sobre países aliados e adversários. Internamente, o mercado observa os dados de produção industrial, que registraram uma queda de 0,6% em novembro, conforme esperado, além do desconforto com a falta de informações sobre novas medidas fiscais.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a necessidade de reforçar os sinais de compromisso do governo com a meta fiscal e o equilíbrio das contas públicas nos primeiros meses do ano. Ele ressaltou a importância de comunicar ao mercado as medidas de continuidade da agenda econômica para evitar ruídos. O governo se prepara para dar clareza sobre o futuro fiscal, especialmente com relação ao déficit zero e ajustes fiscais necessários.
No campo financeiro, a caderneta de poupança registrou a menor retirada líquida dos últimos quatro anos, com um saldo final de R$ 1,032 trilhão. Por outro lado, a XP Investimentos revisou para cima suas estimativas para a Selic e as taxas de câmbio, refletindo as incertezas econômicas. O dólar à vista, por volta das 9h35, registrava alta de 0,64%, enquanto o futuro para fevereiro apresentava uma variação positiva de 0,62%.