O dólar apresenta uma leve alta na manhã de quinta-feira, 23, após registrar uma queda na véspera, chegando a R$ 5,9465, o menor valor desde novembro de 2024. Esse ajuste é acompanhado pela valorização dos rendimentos dos Treasuries e pela valorização da moeda americana no mercado internacional. Com a agenda de indicadores vazia e o período de silêncio dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Brasileiro (BCB), os investidores aguardam o discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, no Fórum Econômico Mundial de Davos. As declarações de Trump, que se concentram em tarifas e sanções, continuam a gerar volatilidade nos mercados financeiros globais.
No cenário interno, o governo brasileiro está focado em medidas para controlar a inflação, especialmente os preços dos alimentos, com uma reunião agendada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo para discutir ações nesse sentido. Entre as possíveis medidas estão a redução das taxas do vale-alimentação e estímulos à produção de itens com preços elevados. Além disso, há uma expectativa de que o Brasil adote mais medidas fiscais caso o equilíbrio orçamentário não seja alcançado. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou um leve arrefecimento, passando de 0,18% para 0,12%, sinalizando uma desaceleração no ritmo da inflação.
No cenário externo, os bancos centrais de outros países também estão adotando posturas diferentes, como o corte da taxa de juros pela Turquia e a sinalização de uma possível redução nas taxas pela Noruega. O mercado global está atento a esses movimentos, além das decisões iminentes do Banco do Japão, do Federal Reserve e do Banco Central Europeu. Essas medidas devem impactar a economia global, com projeções de aumento de juros no Japão, redução na zona do euro e possível interrupção no ciclo de corte nos EUA.