O dólar iniciou a semana em alta frente ao real, acompanhando a fragilidade das divisas emergentes, que ainda refletem as tensões globais. No entanto, a moeda americana recuou levemente, influenciada pela alta dos preços do petróleo e do minério de ferro. Apesar disso, o avanço do dólar continua sendo limitado pela robustez dos rendimentos dos Treasuries dos Estados Unidos, à medida que investidores aguardam os dados de inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) nos próximos dias.
No Brasil, o cenário inflacionário continua a preocupar, refletido no recente relatório Focus do Banco Central, que revisou para cima as estimativas para a inflação dos próximos anos. A previsão para o IPCA de 2025 foi ajustada para 4,05%, enquanto a expectativa para a taxa Selic em 2026 foi mantida em 12%. Esses números aumentam as incertezas quanto ao futuro da política monetária brasileira, com a expectativa de que a inflação se mantenha acima da meta de 3% por mais tempo.
O Banco Central também divulgou uma carta explicando o estouro da meta de inflação para 2024, destacando que a convergência da inflação para o centro da meta não deve ocorrer nos próximos 30 meses. A agenda do dia trouxe um evento importante com o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, que discutirá as perspectivas econômicas, enquanto o dólar à vista operava em leve queda, cotado a R$ 6,10, após oscilações durante o pregão.