O dólar fechou em queda de 0,74% nesta terça-feira (28), sendo cotado a R$ 5,868, o menor valor desde novembro de 2024. Em janeiro, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 5,02%. A diminuição da cotação é associada ao início das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), que discutirão novas taxas de juros, com os resultados sendo divulgados nesta quarta-feira. Além disso, o Banco Central do Brasil sinalizou uma possível elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano, visando o controle da inflação, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 5,50% para 2025.
No cenário fiscal, a arrecadação federal cresceu 9,62% em 2024, alcançando R$ 2,653 trilhões, o melhor desempenho desde 1995. No entanto, a instabilidade política e as incertezas fiscais continuam a afetar a confiança dos investidores. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas ao Brasil, o que aumentou a cautela no mercado financeiro. Embora o dólar tenha registrado queda recentemente, especialistas alertam que a moeda pode não se manter abaixo de R$ 6 devido à volatilidade no cenário econômico global e à dinâmica de decisões políticas tanto no Brasil quanto nos EUA.
O mercado de ações também demonstrou variações, com o Ibovespa apresentando uma queda de 0,62%, fechando em 124.085 pontos. As ações da WEG sofreram uma perda significativa de 7,87%, refletindo a redução na demanda por equipamentos de alto desempenho. Por outro lado, as ações na Europa atingiram níveis históricos, embora as de empresas ligadas à inteligência artificial, como ASM International e Schneider Electric, tenham registrado recuos. A movimentação global reflete um cenário de cautela entre os investidores, que buscam alternativas mais seguras diante de um mercado incerto.