O dólar apresentou leve baixa no mercado local, apesar de se valorizar frente a outras moedas de países emergentes, especialmente na América Latina e entre exportadores de commodities. O real se beneficiou de fluxos pontuais de investimentos em ações domésticas e ajustes técnicos nas carteiras de investidores. A provável elevação da taxa Selic pelo Copom e a estabilidade política, com a ausência de surpresas negativas em Brasília, ajudaram na atratividade do real, que havia sofrido forte desvalorização no ano anterior.
Embora o dólar tenha registrado um movimento de alta pela manhã, superando R$ 5,95, a moeda perdeu força ao longo do dia e fechou em R$ 5,9133, com uma queda acumulada de 2,51% nos últimos seis pregões. Em janeiro, o dólar teve uma desvalorização de 4,32%, sendo o real a terceira moeda com melhor desempenho entre as principais divisas globais. Essa queda foi impulsionada pela calmaria interna e pela retração do dólar no cenário global, que também afetou moedas de países emergentes.
O cenário internacional também influenciou o comportamento das moedas latino-americanas. O peso colombiano caiu mais de 0,80%, enquanto o peso mexicano sofreu perdas superiores a 2%, devido à ameaça de tarifas impostas por Donald Trump. O presidente dos Estados Unidos recuou da imposição de tarifas ao setor colombiano, mas ainda persiste com a possibilidade de tarifar produtos do México e do Canadá. Este cenário gerou um ambiente de risco no mercado financeiro, afetando a cotação das moedas da região.